Depoimento de um cuidador informal.
Meu nome é Toni, sou espanhol, tenho 72 anos, e cuido de minha esposa de 67 anos, com diagnóstico de doença de Alzheimer há 16 meses.
Tenho estado muito
irritado. Pela manhã, levanto, faço o desjejum e ajudo minha esposa a
beber o seu café e comer uma fatia de pão. Depois faço sua higiene pessoal
e a ajudo a se vestir. Desde quando estou cuidando dela, nada especial havia
acontecido, até que outro dia procurei as chaves do carro para levá-la ao
shopping - lá na gaveta onde sempre deixo as chaves. E lá não
estavam. "Você já tomou as chaves do carro?", perguntei à minha
esposa e ela disse que não. Tentei lembrar-me da roupa que usara no dia
anterior, olhei nos bolsos...nada! Voltei para verificar todas as gavetas da
casa, mas não encontrei. Felizmente, eu tinha um cópia das chaves que eu
sempre guardo em minha caixa de ferramentas. Então, saímos como o
planejado, mas com mais de uma hora de atraso. Dois dias depois, sentado
no sofá, movi uma das almofadas e encontrei as chaves do carro escondidas
debaixo da almofada.
O mesmo aconteceu com um par de tesouras para cortar as unhas que eu encontrei no lixo do banheiro. Fiquei furioso. Perguntei a minha mulher gritando: "Mas por que você jogou fora a tesoura?". Ela respondeu: "Não fui eu." Percebi também o desaparecimento de colheres e garfos. E descobri, em seu armário, sob sua roupa, vários jogos de talheres. Eu não posso vigiá-la o tempo todo. Ela se aproveita de um cochilo meu, ou quando estou ocupado fazendo outras coisas, para pegar coisas e escondê-las. Quando eu pergunto “você viu tal coisa?”, ela responde: “eles roubaram”. O que eu posso fazer?
Você tem alguma sugestão para Toni?
O mesmo aconteceu com um par de tesouras para cortar as unhas que eu encontrei no lixo do banheiro. Fiquei furioso. Perguntei a minha mulher gritando: "Mas por que você jogou fora a tesoura?". Ela respondeu: "Não fui eu." Percebi também o desaparecimento de colheres e garfos. E descobri, em seu armário, sob sua roupa, vários jogos de talheres. Eu não posso vigiá-la o tempo todo. Ela se aproveita de um cochilo meu, ou quando estou ocupado fazendo outras coisas, para pegar coisas e escondê-las. Quando eu pergunto “você viu tal coisa?”, ela responde: “eles roubaram”. O que eu posso fazer?
Você tem alguma sugestão para Toni?
Estas perguntas podem ajudar a analisar o caso:
1. Qual é o comportamento que incomoda Toni?
2. Quais são as consequências do comportamento de sua mulher?
3. A conduta de Toni com sua esposa é apropriada?
4. Que recomendações você faria a Toni?
5. Que soluções práticas você proporia a Toni?
Texto traduzido do site da
Fundação Alzheimer Espanha http://www.fundacionalzheimeresp.org/index.php?option=com_content&task=view&id=115&Itemid=102
Visite nosso site: www.lifeangels.com.br
CARO SENHOR TONI
ResponderExcluirNão se despere; O portador de Alzeihmer apresenta um comportamento anormal e faz coisas que realmente são anormais. Esse comportamento pode ocasionar transtornos que as vezes podem ser difíceis de superar,mas que de uma forma ou outra precisam ser contornados e quando possível, previstos. Se o sr tiver condições, seria aconselhável um ajuda extra para tirar a sobrecarga de responsabilidades que o sr pode estar sentindo. Um profissional ajudaria muito nesta hora, Procure não perder a paciência pois isso não ajudará sua esposa tão pouco ao sr. Há também a necessidade que o sr precisa suprir que é a de ter um pouco de privacide e vida própria, não pode esquecer de se cuidar também.
Há grupos de apoio a pessoas cuidadoras de pacientes Alzeijmer, que se reunem para trocar experiências, conversar e dançar, procure saber se onde o sr mora há um desses grupos , una-se a eles o sr ganhará além da experiência, fará amigos importantes para essa nova fase de sua vida e na de sua esposa. cuide dela com carinho, o sr só tem a ganhar com isso. Ler ajuda muito o paciente com alzeihmer. Sempre que possível o sr pode ler para ela se ela gostar. E acredite o sr não está sozinho. Esse é o título de um livro que seria interessante o sr ler.