01 – CUIDE DA PRESSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial pode levar a insuficiência renal, insuficiência cardíaca, derrame cerebral, ataque
cardíaco e acelera a arteriosclerose.
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02 – EVITE A OBESIDADE
Mantenha-se no peso ideal. |
03 – NÃO FUMAR
O fumo se relaciona com o câncer no pulmão, enfisema pulmonar, úlceras, impotência
sexual, ataque cardíaco, gangrena nas pernas, hipertensão arterial e suas conseqüências.
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04 – FAÇA EXERCÍCIOS AERÓBICOS tipo caminhadas (passos rápidos), entre 30 minutos
a 1 hora por dia. Haverá melhora do condicionamento cardio-respiratório. Haverá melhora também
na produtividade, libido, tônus muscular, memória, tensão e ansiedade, qualidade do sono, fadiga…
Dá mais energia, etc. “A saúde do idoso está nos pés”.
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05 – PRATICAR ESPORTES é muito salutar, porém como lazer, sem competir.
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06 – PROCURE ELIMINAR AS TENSÕES E “STRESS”. Organize melhor sua vida, aprenda a fugir de
“problemas”- discipline-se para não se enervar com coisas pequenas – Quando diante de problemas
inevitáveis, lembre-se que poderiam ser maiores, “tire-os de letra”, seja alegre e tolerante, ignore os
ignorantes, divida responsabilidades, não seja apressado, seja um otimista, tenha amor próprio.
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07 – CONTROLE AS GORDURAS SANGUÍNEAS
Lipoproteínas, colesterol e triglicerídeos fora dos limites normais, predispõe a arteriosclerose
e suas conseqüências, (infarto, derrames cerebrais, etc.) não seja um “esclerosado”. Declare “guerra”
ao excesso de triglicerídeos e colesterol.
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08 – FAÇA INGESTÃO ADEQUADA DE VITAMINAS
Através de boa alimentação e suplementações, evite exageros e “mega-doses”, doses excessivas dão
problemas na certa. Exemplos: o excesso de vitamina A provoca danos ao fígado, dores de cabeça
e borramento da visão; o excesso de vitamina D causa distúrbios musculares e cardíacos; doses
altas de vitamina C podem precipitar a formação de cálculos renais. A dose alta e excessiva de
qualquer vitamina sempre traz conseqüências danosas.
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09 – Não se esqueça dos OLIGOELEMENTOS (cobre, zinco, manganês, selênio, etc.) que são vitais
para o organismo; a suplementação nas doses corretas é importante.
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10 – NUNCA tome medicamentos sem orientação médica, não repita receita médica por conta
própria. Lembre-se que o uso abusivo ou inadequado de remédios é uma das grandes causas
de mortalidade. Tome muito cuidado com “Remédios Novos” e “Novidades”.
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11 – Nunca faça “dietas da moda” quase sempre são exageros sem nenhuma base científica,
comumente trazem problemas sérios. O único modo seguro para emagrecer é reduzir corretamente a ingestão de calorias.
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12 – Fuja dos medicamentos moderadores de apetite.
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13 – CONTROLE SUA GLICEMIA (AÇÚCAR NO SANGUE)
Diabete é uma das maiores causas do envelhecimento precoce e causa severos danos em importantes
órgãos (olhos, rins, cérebro) e na circulação, leva a impotência sexual, acelera a arteriosclerose e
diminui a resistência orgânica.
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14 – CUIDADO COM BEBIDAS ALCOÓLICAS
Beba com moderação, não passe de 1 aperitivo ou 1 copo de cerveja; dar preferência aos vinhos tintos. |
15 – CUIDE DA VISCOSIDADE DO SEU SANGUE. O sangue menos viscoso circula melhor oxigena
mais (seu médico o orientará).
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16 – As melhores sobremesas não são os doces, são as frutas, o excesso de doces significa mais
calorias e mais obesidade, é saudável o uso diário de mel puro (1 colher de sopa).
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17 – Evite o mais que puder os seguintes alimentos: FRITURAS EM GERAL, leite integral, nata, creme e manteiga de leite, gema de ovos, maionese, queijos curados, carnes gordas, miúdos, embutidos em geral (frios), toucinho,
banhas, frutos do mar (crustáceos) e todos os alimentos que contém gordura hidrogenada.
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18 – Viva a vida dentro das normas sociais, porém nunca viva em função total delas, não se
apegue a normas e “tabus”, ignore os preconceitos, seja “autêntico”, não viva em função do que os
outros pensam; valorize você mesmo. Evite sempre que possível, fazer o que não gosta.
Um preconceito inaceitável é com relação à sexualidade. É importante exercitá-la.
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19 – Tenha um “hobby”, dedique parte do seu tempo a ele. PROCURE FAZER O QUE VOCÊ GOSTA.
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20 – Conviva com outras pessoas, amigos e familiares, FUJA DO ISOLAMENTO E DA SOLIDÃO.
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21 – 2 ou 3 vezes por semana substitua a carne vermelha (bovina) por carne branca (frango e/ou
peixe).
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22 – Cuide de seu organismo tanto ou mais que de suas coisas, nada é mais importante que sua
vida com saúde; não se trate sozinho ou por orientação de leigos, cuide dos eventuais problemas da
saúde nas fases iniciais, evite que o mal cresça, utilizando os modernos recursos diagnósticos da
medicina atual.
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23 – Tire regularmente suas férias, fugindo da rotina diária.
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24 – Repouse de 6 a 8 horas por dia, dormindo algumas destas horas.
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25 – Faça ingestão diária de alimentos ricos em fibras (feijão, verduras, aveia, maçã, pão integral,
centeio, manga, germe de trigo, etc.), pois as fibras são importantíssimas para o aparelho digestivo e
ajudam controlar o colesterol. Quantidade ideal 25 a 35 g/dia.
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26 – A alimentação diária só é completa quando ingerimos: frutas (especialmente banana,
maçã, mamão, laranja e acerola), verduras, legumes, cereais, LEITE MAGRO e carne magra.
As melhores verduras são: alface, couve, agrião, brócolis, espinafre, almeirão e chicória.
Os legumes: cenoura, vagem, rabanete.
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27 – Mulheres e homens a partir dos 40 anos devem ingerir pelo menos 2 copos de leite magro
diariamente e tomar sol pelo menos 20 minutos por dia.
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28 – Toda mulher a partir do momento que inicia o climatério, com ou sem sintomas, deve procurar
o seu médico (Ginecologista, Geriatra, Clínico, etc.) para avaliar a possibilidade de fazer reposição
hormonal, o que contribuirá para minimizar a Osteoporose e o envelhecimento precoce, dentre outras
vantagens.
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29 – A comida “Típica” brasileira (arroz, feijão, verduras e bife) é uma das “melhores do mundo” do
ponto de vista Geriátrico.
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30 – Beba no mínimo 1,5 litro de líquidos diariamente (água, sucos, água de côco, chá e leite
desnatado), coma alimentos ricos em potássio (banana, laranja, tomate) e fibras, costumamos dizer
que o aparelho digestivo do idoso gosta muito de líquidos, potássio, fibras e caminhadas.
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31 – Faça pelo menos 3 refeições ao dia – a mais importante é a primeira (café da manhã) e a mais
leve é a última (jantar).
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32 – EXERCITE UM POUCO TODOS DIAS A SUA MENTE: leituras, filmes, estudo, escritas, jogos,
palavras cruzadas, conversar e interagir com outras pessoas.
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33 – NUNCA comer muito sal.
Faça esforço para reduzir o sal. O brasileiro em geral come 5 vezes mais sal que o necessário
(6g/dia é o suficiente).
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34 – Não importa a idade, tenha sempre algo para fazer, alguma obrigação ou trabalho, nunca
ficar totalmente ocioso; não abra mão do seu direito de opinar, participar e comandar. Tenha sempre
um “IDEAL” para ser conquistado ou pelo menos mantido. O homem começa a morrer quando não
tem mais ideal. “OS ANOS ENRUGAM A PELE, A FALTA DE ATIVIDADE E DE IDEAL ENRUGAM O
ESPÍRITO”.
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35 – Diariamente, os banhos devem ser frios ou mornos – evite os banhos muito quentes.
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36 – Tomar até 2 xícaras de café por dia (café quente feito na hora) é hábito saudável.
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37 – É benéfico para a maior longevidade da pessoa, que seus locais de família, trabalho e lazer
estejam próximos.
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38 – Tome muito cuidado com a ociosidade que costuma vir junto com a aposentadoria; é muito
comum aparecer doenças depressivas nesta fase; programe sua vida de aposentado. Tenha sempre
algo para fazer – releia o item 34.
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39 – Tenha sempre um médico de sua confiança, O SEU MÉDICO; deixe que ele, que cada vez
mais conhece você, seu organismo, sua família, oriente seus tratamentos e quando
necessário ele fará a indicação de outro(s) profissional(is). Ao famoso e conceituado médico
Dr. Miguel Couto atribui-se a seguinte frase: “Quem tem um médico, tem médico; quem tem dois
médicos tem meio médico; quem tem três ou mais médicos acaba não tendo nenhum”.
“Quem anda de médico em médico, acaba se transformando em Farmácia Ambulante”.
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40 – É preciso conscientizar que o ser humano tem 3 fases, 3 idades bem distintas: criança – adulto
– velho.
Em cada uma destas fases da vida, são bastante diferentes a forma de manifestações das doenças,
a intensidade e a maneira de tratá-Ias, são grandes as diferenças orgânicas e psicológicas, existem
doenças gerais e doenças típicas em cada uma destas fases, a reação aos medicamentos e a
capacidade de defesa do organismo variam muito em função da idade.
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41 – Pela ação antioxidante e de combate aos radicais livres é muito importante na 3ª idade
as vitaminas A, E e C, os oligoelementos zinco, selênio e cobre em doses corretas, sem excessos
. Converse com seu médico sobre os antioxidantes e o combate aos “radicais livres”.
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42 – A partir dos 50 anos de idade, consulte seu médico pelo menos uma vez por ano, mesmo que
julgar desnecessário, para que seja feito um bom exame clínico e se necessário exames laboratoriais.
Prevenir é o melhor remédio.
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43 – Os alimentos crus, cozidos e assados são mais saudáveis; as frituras você deve abolir do
seu dia-a-dia. As conservas, condimentos e temperos fortes, em uso rotineiro, não fazem bem.
O azeite de oliva, o óleo de soja, milho, girassol e canola não tem colesterol. Comer molho de
tomate, chocolate amargo, alho e cebola é habito salutar e lembre-se que o tipo de carne (porco,
vaca, frango ou peixe) é menos relevante; o que importa mais é que a carne seja magra. Em geral as
carnes brancas são as melhores. Faça 3 (três) refeições por dia, sendo a primeira mais substanciosa e
a última (jantar) mais leve.
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44 – Trabalhe como se fosse viver eternamente porém viva a vida pois a morte é inevitável.
“MAIS IMPORTANTE QUE ACRESCENTAR ANOS À VIDA É ACRESCENTAR VIDA AOS ANOS”.
Preocupe-se com sua qualidade de vida.
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45 – A espécie humana tem programação genética para viver 120 anos. É difícil, porém possível,
chegar lá: seja comedido em todos os seus atos – evite os excessos em todas as suas atividades.
Conheça os limites adequados para TUDO que se for realizar. O “segredo” da vida saudável e feliz
depende muito de andar, trabalhar, amar e cuidar-se (saúde, alimentação).
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Por que o cuidar envolve gente, envolve emoções e sentimentos, e tudo se envolve em histórias de Vida.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
45 dicas para um envelhecimento saudável!
Envelhecimento Ativo
Se quisermos que o envelhecimento seja uma experiência positiva, uma vida mais longa deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança. A Organização Mundial da Saúde adotou o termo “envelhecimento ativo” para expressar o processo de conquista dessa visão.
O que é “envelhecimento ativo”?
Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.
Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.
O envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados adequados, quando necessários.
A palavra “ativo” refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho. As pessoas mais velhas que se aposentam e aquelas que apresentam alguma doença ou vivem com alguma necessidade especial podem continuar a contribuir ativamente para seus familiares, companheiros, comunidades e países. O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados.
O termo “saúde” refere-se ao bem-estar físico, mental e social, como definido pela Organização Mundial da Saúde. Por isso, em um projeto de envelhecimento ativo, as políticas e programas que promovem saúde mental e relações sociais são tão importantes quanto aquelas que melhoram as condições físicas de saúde.
Manter a autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é uma meta fundamental para indivíduos e governantes (veja definições). Além disto, o envelhecimento ocorre dentro de um contexto que envolve outras pessoas – amigos, colegas de trabalho, vizinhos e membros da família. Esta é a razão pela qual interdependência e solidariedade entre gerações (uma via de mão-dupla, com indivíduos jovens e velhos, onde se dá e se recebe) são princípios relevantes para o envelhecimento ativo. A criança de ontem é o adulto de hoje e o avô ou avó de amanhã. A qualidade de vida que as pessoas terão quando avós depende não só dos riscos e oportunidades que experimentarem durante a vida, mas também da maneira como as gerações posteriores irão oferecer ajuda e apoio mútuos, quando necessário.
"Publicado na Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Trechos do livro Envelhecimento ativo: uma política de saúde, publicado pela OMS – Organização Mundial de Saúde".
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
POPULAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ ENVELHECENDO MAIS RÁPIDO DO QUE A MÉDIA MUNDIAL
Foto: Ashley Melo/JC Imagem |
Conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, divulgado quarta (30/09), o número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil deverá crescer mais rápido do que a média mundial. O relatório aponta que a quantidade de brasileiros idosos - com 60 anos ou mais - quase triplicará no País até 2050. Atualmente, cerca de 12,5% dos mais de 200 milhões de brasileiros está na terceira idade, mas esse percentual deve alcançar os 30% até a metade deste século. Com isso, haverá, no Brasil de 2050, 73 idosos para cada 100 crianças.
Já projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que até 2030 o número de pessoas com mais de 65 anos saltará dos atuais 16 milhões para quase 30 milhões de indivíduos. O aumento pode passar despercebido caso seja levado em consideração apenas o tradicional aumento populacional. No entanto, as estatísticas revelam que se hoje 7,9% da população é idosa, daqui a 15 anos essa proporção cresce para os 13,44%, ou seja, quase dobra.
O geriatra Lucas Andrade, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seccional Pernambuco, explica que diversos fatores, inclusive regionais, causam impactos no envelhecimento humano. Ele alerta que há diversas regiões nos País, como as mais frias ou aquelas que exigem mais esforço por parte dos moradores - áreas de difícil acesso - que concentram os indivíduos que vivem mais, pois eles têm um estilo de vida mais ativo e saudável.
Segundo ele, qualquer pessoa, de qualquer idade, pode e deve buscar envelhecer de maneira consciente. “É preciso ter uma alimentação saudável, realizar atividades físicas, evitar vícios como tabagismo, etilismo, e muitas outras situações. Se você hoje tem um estilo de vida diferente do ‘ideal’, não quer dizer que te impeça de repensar suas atitudes e passar a ter um estilo de vida mais saudável. Nunca é tarde para correr atrás desse prejuízo”, explicou o especialista.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem |
"Notícias Brasil, publicado no Jornal Uol em 1/10/2015"
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Pesquisa revela possível causa do Alzheimer
Pesquisadores da Universidade de Duke (EUA), deram um grande passo em relação a cura do Alzheimer. Eles identificaram a possível causa da doença em camundongos e conseguiram interrompê-la quando descoberta em seu estágio inicial.
Atualmente, existe em média 1,2 milhões de pessoas com a doença somente no Brasil, chegando a 35,6 milhões no mundo todo. Ainda sem cura, pesquisadores de todos os países buscam uma solução para essa doença que atinge parte considerável da população mundial.
A pesquisa realizada em abril, na Universidade de Duke, teve grande sucesso e repercussão porque deixa de lado o trabalho já realizado com a amilóide, proteína responsável pela morte dos neurônios ao longo da doença, e foca no sistema imunológico do nosso cérebro. Eles descobriram a importância das micróglias, células que defendem o sistema nervoso de qualquer infecção, e que tem um papel fundamental no progresso do Alzheimer e de outras demências.
O próximo desafio dos pesquisadores é descobrir se essa droga também vai apresentar bons resultados em estágios mais avançados do Alzheimer.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Aplicativo da Samsung promete estimular memórias em pessoas com Alzheimer
Chamado Backup Memory, o aplicativo tem como intenção relembrar alguns pessoas e acontecimentos.
Em busca de novas formas de amenizar o impacto do Alzheimer na vida dos doentes e seus familiares, a tecnologia tem sido uma grande e importante aliada. Dessa vez, a invenção ficou por conta da Samsung, com o aplicativo Backup Memory, que pode ser usando tanto em smartphones quanto tablets. Estudos revelaram que o constante estímulo mental de pessoas com a doença de Alzheimer pode retardar efeitos indesejáveis, além de ajudar na melhora da qualidade e vida das pessoas. E é isso o que o aplicativo da Samsung faz!
O aplicativo criado pela Samsung Eletronics Tunisia, ajuda as pessoas a relembrar amigos e entes queridos da seguinte forma: cada vez que um amigo ou parente estiver próximo ao doente de Alzheimer (um raio de 10 metros), o aplicativo irá mostrar algumas fotos e informações sobre essa pessoa, estimulando o doente de Alzheimer a relembrar.
Para utilizar o Backup Memory é muito fácil! Você só precisa criar um perfil no aplicativo para o idoso com Alzheimer e para as pessoas próximas a ele. A atualização dos perfis fica por conta das pessoas inscritas, que devem sempre acrescentar novas fotos, vídeos e informações – que serão passadas para o celular do idoso via bluetooth.
O Backup Memory tem a função de estimular memórias passadas constantemente, ajudando a evitar o esquecimento. Você pode baixá-lo em seu celular através da Play Store.
Matéria do Congresso Nacional de Alzheimer (CONAZ).
"Este artigo possui caráter informativo e não propagandista".
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O IMPACTO DA MÚSICA EM PACIENTES COM ALZHEIMER
Apesar do declínio na memória, idosos com Alzheimer ainda conseguem se lembrar de músicas que ouviam quando eram jovens; foi comprovado que o ato é uma das únicas frentes que os terapeutas possuem para desacelerar o avanço da doença.
É incrível como a música tem o poder de nos fazer tão bem. Para você ter noção, ela é um dos únicos recursos que os terapeutas têm para fazer frente à progressão da doença de Alzheimer. Apesar de todo o mal que a doença causa no cérebro, e especialmente na nossa memoria, grande parte dos doentes de Alzheimer ainda conseguem se recordar do trecho ou melodia de alguma música da qual gostavam – mesmo os doentes em um estágio mais avançado.
Você deve estar se perguntando como isso é possível. Acertei? Pois um estudo recente mostra que uma das causas pode ser o fato de que a música é armazenada em áreas do cérebro diferentes das áreas onde guardamos nossas demais memórias
O grande responsável por esse feito é o chamado lobo temporal. Ele é uma porção do cérebro que vai da têmpora à parte de trás da orelha, capaz de gerir toda a nossa memória auditiva – e isso inclui as canções! Mas, no entanto, o lobo temporal também pode sofrer estragos ocasionados pelo Alzheimer. Então como pode-se explicar que muitos idosos que possuem a doença não lembrem nem seu nome, mas consigam recordar de um trecho daquela balada que o marcou ainda quando era jovem?
Para tentar responder a essas perguntas, pesquisadores de vários países europeus liderados por neurocientistas do Instituto Max Planck de Neurociência e Cognição Humana de Leipzig (Alemanha),realizaram um experimento: por um lado, procuraram as áreas do cérebro que são ativadas quando ouvimos música. Por outro lado, uma vez localizadas essas áreas, analisaram se, em pacientes de Alzheimer, tais áreas do cérebro apresentavam algum sinal de atrofia ou, ao contrário, resistiam melhor à doença.
O experimento foi baseado na hipótese de que o ato de ouvir música é, para o cérebro, diferente daquela de lembrá-la e que os dois processos atuam diferentes redes cerebrais. As áreas que apresentaram maior ativação ao rememorar as canções foram o giro cingulado anterior, localizado na região média do cérebro, e a área motora pré-suplementar, localizada no lobo frontal.
“As recordações mais duradouras são aquelas ligadas a uma experiência emocional intensa e a música tem uma relação estreita com as emoções; a emoção é uma porta de entrada para lembrar”, diz a musicoterapeuta da Fundação Alzheimer Espanha, Fátima Pérez-Robledo. Os resultados do estudo confirmam isso. “Muitos doentes não lembram o nome de algum parente, mas lembram da letra de uma canção”, diz ela.
"Texto extraído de trabalho apresentado no Congresso Nacional de Alzheimer (CONAZ)"
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
8 FILMES SOBRE ALZHEIMER QUE VOCÊ PRECISA ASSISTIR
As vezes os filmes representam papéis diferentes na vida de cada um. E os dramas, com certeza, são aqueles que mais nos marcam. Eles nos humanizam e aproximam da realidade das pessoas de uma forma quase fraternal. Por isso, se você é um apreciador de filmes que te emocionam, aconselho que assista a esses filmes sobre Alzheimer que vão mudar a sua forma de enxergar o mundo e a doença.
8 – The Alzheimer’s Project (2009)
The Alzheimer’s Project é uma série da HBO composta por 4 documentários. As histórias mostram desde a rotina de quem vive com a doença até seus avanços científicos. O filme, produzido nos EUA, contou com o apoio do National Institute on Aging (Instituto Nacional do Envelhecimento), instituição que ficou encarregada de garantir que as informações transmitidas eram sempre verdadeiras.
O primeiro documentário é o The memory loss tapes (As fitas da memória perdida), que revela a história de sete pessoas que vivem com a doença, cada uma em um estágio, e a forma como elas lidam com suas limitações.
O segundo, Grandpa, do you know who I am? (Vô, você sabe quem eu sou?), conta o cotidiano de nove crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 15 anos, que convivem com avós que sofrem do transtorno.
O terceiro, Momentum in science (Avanços da ciência), dividido em duas partes, que mostra o trabalho de 25 cientistas e médicos que pesquisam as chances de melhorar a identificação e o diagnóstico do Alzheimer.
Por fim,Caregivers (Profissionais da saúde), aborda o trabalho das pessoas que cuidam dos doentes de Alzheimer.
7- Iris (2001)
Iris narra a história de amor entre a talentosa novelista e filósofa, Iris Murdoch (Kate Winslet/Judi Dench) e seu marido, John Bayley (Hugh Bonneville/ Jim Broadbent), que era professor em Oxford.
A trama se passa em duas épocas distintas, mostrando desde o momento em que o casal se conheceu na juventude, até as dificuldades que enfrentam na velhice, quando Iris se descobre com mal de Alzheimer.
6- A vida em post-it (2012)
Este documentário da BBC aborda não só os sintomas e evolução da doença, mas também as questões éticas e morais que envolvem seus paciente, familiares e cuidadores. A personagem principal é Christine, uma doente de Alzheimer que vive sozinha e não quer companhia. O documentário narra o início da sua doença, registando sua luta para conseguir cumprir de forma normal as atividades do dia a dia. Para isso, Christine recorre a extensas agendas, quadros de notas e incontáveis post-its, uma forma de compensar sua perda de memória recente.
5- Meu pai, um estranho (1970)
Em Meu pai, um estranho, o jovem protagonista Gene Hackman, interpreta Gene Garrison, que se vê diante de um dilema moral e familiar. Ele pretende se casar e mudar para a Califórnia, mas nas vésperas de seu casamento, a morte de sua mãe o obriga a cuidar de seu pai, que está diagnosticado com Alzheimer.
4- Aurora Boreal (2005)
Aurora Boreal é aquele tipo de filme em que você não consegue segurar as lagrimas. Com uma trama complicada que aborda a relação de um neto com seus avós, o filme apresenta a história de um rapaz instável de 25 anos que não consegue se fixar em um emprego. Seu avô está desenvolvendo Alzheimer rapidamente e, para ficar perto de sua família – após a morte de seus pais – o jovem começa a trabalhar na instituição onde os avós estão vivendo.
3- Amor (2012)
2- Para sempre Alice (2014)
Com mais de 30 prêmios por sua atuação em Para Sempre Alice, Julianne Moore interpreta a Dra. Alice Howland, uma renomada professora de linguística que aos poucos começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Quando diagnosticada com Alzheimer, a doença coloca em prova a força de sua família e sua relação com o marido, John (Alec Baldwin). Além de reaproximá-la da filha caçula, Lydia, interpretada pela atriz Kristen Stewart.
1- Diário de uma Paixão (2004)
segunda-feira, 27 de abril de 2015
ALGUMAS DICAS PARA TRANSFERÊNCIAS SEGURAS DE PACIENTES
A ERGONOMIA DA TRANSFERÊNCIA
Os procedimentos que envolvem a movimentação e o transporte de pacientes são considerados os mais penosos e perigosos para os trabalhadores da saúde. Estudiosos da questão defendem que o ensino desses procedimentos deve ser complementado com uma avaliação do local de trabalho e com alternativas para torná-los menos prejudiciais. Um cuidadoso planejamento, antes de se iniciarem esses procedimentos, é essencial e imprescindível. Dentro deste contexto, desenvolveram-se orientações básicas e procedimentos que tiveram um suporte teórico na literatura internacional.
Considerando-se tais aspectos, dividiu-se esta fase em partes:
Avaliação das condições e preparo do cliente
Inicialmente, deve-se fazer uma avaliação das condições físicas da pessoa que será movimentada, de sua capacidade de colaborar, bem como a observação da presença de soros, sondas e outros equipamentos instalados. Também é importante, para um planejamento cuidadoso do procedimento, uma explicação, ao paciente, do modo como se pretende movê-lo, como pode cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da locomoção.
Vale a pena salientar que o cliente deve ser orientado a ajudar, sempre que for possível, que não deve ser mudado rapidamente de posição e tem que estar usando chinelos ou sapatos com sola antiderrapante. Outro ponto muito importante é que a movimentação e o transporte de obesos precisam ser minuciosamente avaliados e planejados, usando-se, sempre que possível, auxílios mecânicos.
Preparo do ambiente e dos equipamentos
Considerando-se que determinados aspectos ergonômicos do posto de trabalho podem prejudicar atividades ocupacionais, tais como os procedimentos relacionados com movimentação e transporte, abordam-se, nessa parte, os principais cuidados que necessitam ser observados: Verificar se o espaço físico é adequado para não restringir os movimentos
- • Examinar o local e remover os obstáculos
- • Observar a disposição do mobiliário
- • Obter condições seguras com relação ao piso
- • Colocar o suporte de soro ao lado da cama, quando necessário
- • Elevar ou abaixar a altura da cama, para ficar no mesmo nível da maca
- • Travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional
- • Adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de procedimento que será realizado
Devem-se, também, utilizar equipamentos auxiliares e adaptar as condições do ambiente a cada paciente em particular. Neste caso, pode ser necessário:
- • Colocar barras de apoio em banheiros
- • Elevar a altura do vaso sanitário ( compensadores de altura para vasos convencionais )
- • Utilizar cadeira de rodas própria para banho ou higiene
Preparo da equipe
Existem algumas orientações, especificamente relacionadas com os princípios básicos de mecânica corporal, que devem ser utilizadas pelo pessoal de enfermagem durante a manipulação de pacientes.
- • Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão
- • Trabalhar com segurança e com calma
- • Manter as costas eretas
- • Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente
- • Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna
- • Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima
- • Utilizar movimentos sincrônicos
- • Trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente, que deverá ser erguido ou movido
- • Usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropriados
- • Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo menos, duas pessoas
Movimentação de clientes no leito
Lembrar que o paciente deve ser estimulado a movimentar-se de uma forma independente, sempre que não existir contra-indicações nesse sentido. Outro ponto que não pode ser esquecido é procurar ter à disposição camas e colchões apropriados, dependendo das condições e necessidades do cliente. O ideal são camas com altura regulável, que possam ser ajustadas, dependendo do procedimento que será realizado.
Durante a movimentação, deve-se, sempre que possível, utilizar elementos auxiliares, tais como: barra tipo trapézio no leito, plástico antiderrapante para os pés, plástico facilitador de movimentos, entre outros.
Neste tópico serão apresentados separadamente os principais motivos que levam os trabalhadores de saúde a movimentar os clientes no leito:
Colocar ou retirar comadres
Quando o paciente pode auxiliar, deve-se utilizar o trapézio, no leito, e solicitar que eleve o quadril, evitando-se assim, a necessidade de erguê-lo (Figura 1):
2.4.2 Trazer o cliente para um dos lados da cama
Lembrar que a movimentação no leito deve ser realizada, preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os seguintes passos (Figura 2):
• As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama, de frente para o paciente
•Permanecer com uma das pernas em frente da outra, com os joelhos e quadris fletidos, trazendo os braços ao nível da cama:
- • a primeira pessoa coloca um dos braços sob a cabeça e, o outro, na região lombar
- • a segunda pessoa coloca um dos braços também sob a região lombar e, o outro, na região posterior da coxa
- • Trazer o paciente, de um modo coordenado, para este lado da cama
- Se for necessário mover o paciente sem ajuda, deve-se fazê-lo em etapas, utilizando-se o peso do corpo como um contrapeso e plásticos facilitadores de movimentos.
Colocar o cliente em decúbito lateral
Quando o paciente não é obeso, podem-se seguir as seguintes fases (Figura 3):
- • Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa
- • Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele vai ser virado, flexionando o joelho. Observar o posicionamento do outro braço
- • Fazer o paciente virar a cabeça em sua direção
- • Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho como alavancas
Uma outra forma de realizar esse procedimento é usando-se plásticos deslizantes e resistentes, da seguinte forma (Figura 4):
- • Virar o paciente e colocar o plástico sob seu corpo. Voltar o paciente e puxar o plástico
- • Ficar no lado oposto ao que o paciente será virado
- • Puxar o plástico, movendo o paciente em sua direção e para a beira da cama. Manter as costas eretas e utilizar o peso do seu corpo
- • Elevar o plástico, fazendo o paciente virar cuidadosamente. Manter, no lado oposto da cama, uma grade de proteção
Movimentar o cliente, em posição supina, para a cabeceira da cama
Se o paciente tem condições físicas, ele pode mover-se sozinho, com a ajuda de um trapézio. O cliente flexiona os joelhos e dá um impulso, tendo como apoio um plástico antiderrapante sob seus pés (Figura 5b) ou uma pessoa segurando -os (Figura 5a). Pode-se também colocar um plástico deslizante sob as costas e a cabeça do paciente (Figura 5c).
Uma outra maneira de movimentação independente é colocar um plástico deslizante sob o corpo do paciente e pedir que ele realize o mesmo impulso com os pés (Figura 6).
Quando o paciente não pode colaborar, uma alternativa é seguir os seguintes passos (Figura 7):
- • Deixar a cama em posição horizontal
- • Colocar um travesseiro na cabeceira da cama
- • Colocar um lençol ou plástico deslizante sob o corpo do paciente
- • Permanecer duas pessoas, uma de cada lado do leito, e olhando em direção dos pés da cama
- • Segurar firmemente no lençol ou plástico e, num movimento ritmado, movimentar o paciente
Se a altura da cama for regulável, pode-se proceder da seguinte maneira (Figura 8):
•Abaixar a altura da cama de tal forma que os trabalhadores de enfermagem possam colocar Um joelho na cama e manter a outra perna firmemente no chão
• Segurar o plástico e, de ma forma coordenada, sentar sobre seus calcanhares, movendo ao mesmo tempo o cliente
Movimentar o cliente em posição sentada para a cabeceira da cama
O paciente deve ser encorajado a movimentar-se sozinho, com a ajuda de um plástico facilitador de movimentos. Neste caso, o paciente fica sentado sobre o plástico, podendo deslizar com o auxílio de blocos de mão antiderrapantes (Figura9).
Ele pode, também, receber a ajuda de uma pessoa, que segura seus pés, estando suas pernas flexionadas. Neste caso, o cliente apóia uma mão de cada lado do corpo e ele próprio dá um impulso, ao endireitar as pernas (Figura 10).
Quando o paciente não pode colaborar, duas pessoas devem realizar o procedimento. Deve-se também usar um plástico deslizante e procede-se da seguinte maneira (Figuras 11a e 11b):
- • As duas pessoas devem ficar uma de cada lado do leito, olhando na mesma direção
- • Abaixar a altura da cama, de uma forma tal que os trabalhadores de enfermagem possam colocar um joelho na cama, mantendo a outra perna firmemente no chão
- • Segurar a mão do paciente com uma das mãos e agarrar no local apropriado do plástico com a outra
- • Usando movimento coordenado, sentar sobre os calcanhares, movendo, ao mesmo, tempo ocliente. Repetir o procedimento, se for necessário
Sentar o paciente no leito
O cliente deve ser encorajado a sentar-se sozinho, ficando de lado e levantando-se com a ajuda dos braços. Podem-se, também, utilizar materiais simples, como uma corda com nós ou uma escada de cordas que, fixadas nos pés da cama, permitem que o cliente sente sem ajuda (Figura 12).
• A pessoa fica de frente para o paciente, colocando um dos seus joelhos ao nível do quadril do paciente sentado-se sobre seu próprio tornozelo
• Segurar no cotovelo do paciente, que também apoia o cotovelo da pessoa. O paciente deve se sentar apoiando-se na pessoa.
Se o paciente não consegue auxiliar, uma outra alternativa é realizar o procedimento com duas pessoas, da seguinte maneira (Figura 14):
- • Permanecer uma pessoa de cada lado da cama, olhando em direção da cabeceira
- • Ficar ajoelhada, mantendo o joelho ao nível do quadril do cliente
- • Segurar nos cotovelos e trazer o paciente para frente, enquanto senta em seus calcanhares. Pode-se usar, como um auxílio nessa manobra, uma toalha resistente, que é colocada nas costas do paciente
Sentar o paciente na beira da cama
No caso do cliente estar deitado, seguir os seguintes passos (Figura 15):
- • Colocar o paciente em decúbito lateral, sobre um plástico deslizante, e de frente para o lado em que vai se sentar
- • Elevar a cabeceira da cama
- • Uma pessoa apóia a região dorsal e o ombro do paciente e a outra segura os membros inferiores
- • De uma forma coordenada, elevar e girar o paciente até ele ficar sentado paciente e sentando-se sobre seu próprio tornozelo
Uma outra alternativa é levantar o paciente, apoiando no cotovelo, como descrito anteriormente, estando o cliente sobre um plástico deslizante. Depois, mover os seus membros inferiores para fora do leito (Figura 16).
Transporte de pacientes
O transporte de pacientes deve ser realizado com a ajuda de elementos auxiliares, tais como cintos e pranchas de transferência, discos giratórios e auxílios mecânicos.
Auxiliar o cliente a levantar de cadeira ou poltrona
Nesse procedimento, é muito importante selecionar cadeiras ou poltronas de acordo com as necessidades de cada pessoa, levando em consideração a promoção de conforto e independência. Não se deve esquecer também os equipamentos auxiliares, como andadores e bengalas.
Quando o paciente necessita de ajuda, deve-se usar um cinto de transferência e proceder da seguinte maneira (Figuras 17a e 17b):
- • Colocar o cliente para a frente da cadeira, puxando-o alternadamente pelo quadril
- • Permanecer ao lado da cadeira, olhando do mesmo lado que o paciente
- • O cliente deve colocar uma mão no braço mais distante da cadeira e a outra é apoiada pela mão do trabalhador de enfermagem. Com o outro braço, o trabalhador circunda a cintura do paciente, segurando no cinto de transferência
- • Levantar de uma forma coordenada, com movimentos de balanço.
- Dependendo das condições do cliente, pode ser necessária a participação de uma outra pessoa, do outro lado da cadeira
Auxiliar o cliente a deambular
É importante fazer uma avaliação cuidadosa para verificar se o cliente tem condições de deambular. A pessoa deve permanecer bem próxima do paciente, do lado em que ele apresenta alguma deficiência, colocando um braço em volta da cintura e o outro apoiando a mão. O ideal, nestes casos, é utilizar um cinto especial, colocado na cintura do paciente (Figura 18).
Transferir o cliente do leito para uma poltrona ou cadeira de rodas
- • Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a mesma altura
- • Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e elevar o apoio dos pés
- • Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a cadeira
- • Colocar a cadeira ao lado da cama, com as costas para o pé da cama
- • Travar as rodas e levantar o apoio para os pés
- • Sentar o cliente na beira da cama
- • Calçar o cliente com sapato ou chinelo antiderrapante
- • Segurar o cliente pela cintura, auxiliando-o a levantar, virar-se e sentar-se na cadeira
Transferir o paciente do leito para um maca
não existe maneira segura para realizar uma transferência manual do leito para uma maca. Existem equipamentos que devem ser utilizados, como as pranchas e os plásticos resistentes de transferências nesse caso, o paciente deve ser virado para que se acomode o material sob ele. .Volta-se o paciente para a posição supina, puxando-o para a maca com a ajuda do material ou do lençol (Figuras 21a e 21b). Devem participar desse procedimento quantas pessoas forem necessárias, dependendo das condições e do peso do cliente. Nunca esquecer de travar as rodas da cama e do leito e de ajustar sua altura.
Alguns equipamentos que facilitam as transferências, proporcionando segurança ao paciente e excelente ergonomia aos profissionais:
Carrinhos:
Outro modelo de carrinho:
Cinta de transferência:
Pranchas de transferência:
Fonte:
Henrique Alves. Blog FisioBrasil: A arte da transferência, do carinho e atenção ao próprio paciente.
CURSO DE ERGONOMIA: Disponível em: http://bit.ly/ergonomiaocupacional
Neusa Maria Costa Alexandre e Maria Marilene Rogante. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos posturais e ergonômicos (Moving and lifting patients: postural and ergonomic aspects).
Referências:
1. ALEXANDRE, N.M.C. Avaliação de determinados aspectos ergonômicos no transporte de pacientes.Ribeirão Preto, 1987. 114p. Dissertação (Mestrado) -Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
2.ALEXANDRE, N.M.C. et al. Aspectos ergonômicos e posturais em centro de material. Rev.Esc.Enf. USP, v. 26, n. 1, p. 87-94,1992.
3. ALEXANDRE, N.M.C. Contribuição ao estudo das cervicodorsolombalgias em profissionais de enfermagem. Ribeirão Preto, 1993. 186p. Tese (Doutorado) -Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
4. ALEXANDRE, N.M.C. et al. Dores nas costas e enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP, v. 30. n. 2, p. 267-85, 1996.
5. ARMSTRONG, T.J. et al. Repetitive trauma disorders: job evaluation and design. Human Factors, v. 28, n. 3, p. 325-36, 1986.
6. BARREIRA, T.H.C. Um enfoque ergonômico para as posturas de trabalho. Rev. Bras. Saúde Ocup., v. 17, n. 67, p. 61-71, 1989.
7. BELL, F. Ergonomic aspects of equipament. Int. J. Nurs. Stud., v. 24, n. 4, p. 331-7, 1987.
8. CHAFFIN, D.B. Occupational biomechanics - a basis for workplace design to prevent musculoskeletal injuries.Ergonomics, v.30, n. 2, p. 321-9, 1987.
9. COLLINS, J.W. ; OWEN, B.D. NIOSH Research initiatives to prevent back injuries to nursing assistants, aides, and orderlies in nursing homes. Am. J. Ind. Med., v. 29, n. 4, p. 421-24, 1996.
10. DUL, J. ; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. São Paulo, Edgard Blücher, 1995.
11. FRAGALA, G. Using ergonomics to prevent back injuries. Nurs. Manag., v. 25, n.10, p. 98-100, 1994.
12. GRANDJEAN, E. Fitting the task to the man. 4 ed. London, Taylor & Francis, 1988.
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